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    A escrita da história e os ensaios biográficos em Hannah Arendt

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    The aim of this paper is to reflect on the biographical essays written by Hannah Arendt. Its focus is to understand the reason why the author chose the biographical genre, instead of working only with the argumentative text, as it is usual in the philosophical practice. We will work with two of her leading texts on the subject, Rahel Varnhagen: the life of a Jewess, and Men in dark times.The hypothesis that guides the work is that biographical writing in Arendt means the elaboration of a theory of history that is incompatible with the modern conception of History, while arguing about a new connection between action and narration.A proposta do artigo é refletir sobre os ensaios biográficos produzidos por Hannah Arendt. Trata-sede buscar compreender porque a autora escreve biografias, e não apenas textos argumentativos, como é usual na prática filosófica. Teremos em vista, sobretudo, dois de seus esforços mais contundentes, seu texto sobre Rahel Varnhagen: a vida de uma judia alemã na época do Romantismoe os ensaios reunidos em Homens em tempos sombrios. A suposição é a de que a narrativa devidas em Arendt configura-se menos como um método de pesquisa e mais como a elaboração de uma teoria da história, a qual parte de uma refutação do conceito moderno de História para defender um novo laço entre ação e narração

    [en] HANNAH ARENDT, THE POLITICS AND THE HISTORY

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    O trabalho busca refletir sobre o significado da história na obra de Hannah Arendt, tendo como horizonte a revisão que a autora empreende acerca da tradicional separação entre teoria e política. Nesse sentido, supomos que a valorização da ação e a indicação da dignidade da política abrangem também a consideração da especificidade da história. Observando a discussão sobre o caráter nostálgico de seu pensamento e as avaliações que sugerem o viés hermenêutico da sua abordagem do passado, analisamos a narrativa arendtiana da história ocidental, questionando a possibilidade de se tratar de algum tipo de filosofia da história. Buscamos compreender a noção de esquecimento do político que sustenta essa narrativa, por um lado, examinando seus pressupostos acerca da responsabilidade e da novidade que estão envolvidas na ação humana e, por outro, pensando suas colocações sobre a historiografia, onde a história surge como uma “história de muitos começos e nenhum final”

    Terrorisme : la violence politique comme spectacle

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    O trabalho propõe estabelecer uma explicação para o terrorismo, considerando que apenas na contemporaneidade essa manifestação se desenvolve como política autônoma. A partir da década de 1970, é possível constatar a ocorrência de atentados terroristas que pretendem intervir no processo histórico através da violência elevada à categoria de espetáculo. Analisando a constituição fundamental do terrorismo - conteúdo político e forma espetacular -, nota-se o caráter anacrônico da manifestação diante da sociedade democrática pretensamente pacificada. Observando a ambigüidade da difusão de imagens de violência, que ao mesmo tempo coloca em evidência uma determinada causa política e vende as imagens como mercadoria-entretenimento, revela-se a dificuldade da realização das pretensões revolucionárias do terrorismo. A efetividade política dessa manifestação será reencontrada nas possibilidades abertas pela divulgação das imagens de violência; compondo-se não como alternativa ao sistema vigente, mas como o lugar contemporâneo de resistência à realização da democracia.Ce travail propose établir une explication pour le terorisme en considérant que ce n’est que dans la contemporanité que cette manifestation se développe en tant qu’une politique autonome. A partir des annés 70, il est possible de constater l’éclosion d’attentats terrorristes ayant l’intention d’intervenir dans le processus historique à travers une violence haussé à la catégorie de spectacle. En analisant la constitution fondamentale du terrorisme – contenu politique et forme spectaculaire -, on remarque le caractère anachronique de cette manifestation face à la societé démocratique soi-disant pacifiée. En observant l’ambiguïté de la diffusion des images comme des marchandises-entretiens – on révèle la difficulté de réalisation des prétention révolutionnaires du terrorrisme. La concrétisation politique de cette manifestation sera retrouvée dans les possibilités ouvertes par la divulgation des images de violence qui se composent, non pas comme une alternative au système en vigueur, mais comme un lieu contemporain de rèsistance à la réalisation de l’histoire
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